Atos violentos, humilhações e até mortes são cada vez mais frequentes quando o assunto é o trote universitário. Iniciado na Europa, em países como França, Alemanha e Portugal, essa prática sempre foi violenta e desrespeitou a lei e deve ser contida. Muitos responsáveis, porém, não são denunciados ou punidos. A festa de recepção aos calouros constantemente transforma-se em verdadeiras tragédias, onde os calouros são vítimas de maus-tratos, preconceitos e agressões morais e físicas, ao ser humano são atribuídos direitos e garantias que têm por finalidade o respeito à sua dignidade. O trote que resulta em lesão corporal, injúria, constrangimento, viola muitos desses direitos como o direito a vida, à integridade física e psíquica, à liberdade e a dignidade. Em 1831 foi registrado no Brasil o primeiro caso de morte durante o trote na faculdade de direito de recife, atual universidade federal de Pernambuco (UFPE) A universidade é uma instituição social e, como tal, expressa de determinada maneira a estrutura e o modo de funcionamento da sociedade como um todo, portanto os trotes não são episódios recentes e isolados e refletem a violência da própria sociedade brasileira como disse o reitor da USP, (universidade de São Paulo) Marco Antônio Zago. Conclui-se que o que vemos hoje é uma cultura do trote machista, violenta e humilhante nas mais renomadas universidades brasileiras e diante disso deve-se criar uma lei federal para proibir estes casos como a lei estadual de São Paulo nº 10.454 que impede a realização de trote aos calouros de escolas superiores e de universidades estaduais, assim o ambiente e a segurança dentro de nossas instituições de ensino superior irá apresentar grande melhora e criar um órgão fiscalizador das ações sugeridas, de modo a garantir que os trotes não voltarão a ser praticados e garantindo também a dignidade dos alunos e uma sociedade mais justa