O trote nas universidades brasileiras é conhecido como um ritual de passagem, onde os calouros da instituição são obrigados, na maioria das vezes, realizar atividades impostas pelos veteranos como forma de celebrar sua aprovação no vestibular. Contudo, tais atividades deixam a desejar quando expõem esses calouros a práticas de humilhação e dor. Nos últimos anos, a mídia levou o Brasil a conhecer vários casos de trotes considerados desumanos e que ainda vem ocorrendo nas instituições de ensino. Como exemplo, o trote que ocorreu no início deste ano na Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas, onde uma aluna ao prestar esclarecimentos á Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), declarou que “Além de simular sexo oral com uma banana, os meninos tinham que mergulhar numa piscina com urina e fezes". Casos como este levam a questionar o por que de alunos veteranos agirem de forma abusiva. Será que na mente deles é a chance de, enfim, ter o poder sobre alguém na universidade, repetindo sobre o calouro o que ele precisou passar no ano anterior? Talvez, alguns pesem assim, de forma bárbara. No entanto, é necessário que todos se conscientizem de que medidas como punições aos veteranos, precisam ser tomadas em caso de poder abusivo nos trotes tratados. Entende-se que essa punição deve ser executada pela direção das universidades que precisam, antes de tudo, fiscalizar os trotes como medida de prevenção. Essas medidas podem ser analisadas de acordo com a gravidade da situação, acarretando ao veterano prestação de atividades extra curriculares como monitorias aos calouros ou afastamento da instituição com perda total do acesso ao curso.