A aprovação no vestibular é o incio da realização de um sonho na vida de muitos jovens brasileiros, e após toda a parte burocrática do processo de matrícula o recém universitário deve passar pelo tão famoso "trote". Sabe-se que a proposta do trote por parte das universidades é propiciar o acolhimento do novo aluno no meio universitário, inseriondo-o na rotina do seu curso de forma agradável e estimulante. Porém, o que se tem visto na prática, o trote tem sido motivo de muitas polêmicas. A maior preocuação hoje em dia com os trotes das universidades brasileiras , é que esses tem ultrapassado os limites da ética e dos direitos humanos, fazendo com que os calouros se submetam e se exponham em situações humilhantes, abusivas e de risco. Essas práticas tem se tornado bastante comuns, e a problemática maior é que as próprias universidades tem consentido com as atividades propostas pelos veteranos. Medidas de intervenção nos trotes universitários são necessárias, principalmente por parte das autoridades da universidade, fazendo com que a real essência do trote seja o acolhimento ao estudante, e não o rito de submissão aos alunos veteranos. Transformar a semana do trote em uma semana de integração e interação não somente com os novos alunos, mas com a sociedade, como a Universidade Federal Fluminense tem feito, é uma ferramenta eficaz para reduzir as barbáries dos trotes violentos. Os alunos recém aprovados no vestibular estão apenas começando a carreira acadêmica, estão no processo de transição para uma nova vida social, com novas aspirações, novos e muitos medos, então, cabe às universidades e ao corpo discente acolhê-los da melhor forma possível, atentando não somente para as questões acadêmicas, mas também para as questões socias e humanísticas, pois como disse José Datrino "Gentileza gera gentileza". Este é um ciclo que precisa ser iniciado, os nossos uiversitários merecem e podem ter muito mais do lhes é oferecido.