Ingressar numa faculdade é o sonho de muitas pessoas. Mas, e quando o sonho começa a se tornar um pesadelo logo nas primeiras semanas? Geralmente, o trote universitário ocorre neste período, com jovens pintados que comemoram a aprovação. Essas celebrações não são provenientes dos dias de hoje, elas vêm ocorrendo desde a idade média, onde já aconteciam atos de violência e tentativas de colocar o calouro numa posição submissa ao veterano. O trote é considerado por muitos uma tradição, o evento está se tornando cada vez mais violento e desrespeitoso, chegando a humilhar os calouros de diversas formas, sejam elas simulações constrangedoras de sexo, embriaguez forçada, brigas que acabam com consequências graves e possíveis mortes. Segundo a Folha de São Paulo, no interior paulista, uma jovem foi ao trote comemorar sua aprovação em pedagogia, quando foi atingida por um líquido ácido que provocou queimaduras de terceiro grau em suas pernas. É absurdo que as universidades não tomem providências quanto a essas barbaridades. “Em 1999, ocorreu o caso mais famoso de trote violento no Brasil, o calouro de medicina de ascendência chinesa, Edison Tsung Chi Hsuon, 22 anos, foi encontrado morto na piscina da Atlética de Medicina da USP no dia seguinte ao trote realizado pelos veteranos.” (Exame Abril) Tendo em vista os aspectos observados, é necessário que os jovens não se envolvam muito com alunos que valorizam esse ato. Ao contrário, criarem trotes solidários, com o propósito de ajudar as pessoas, fazer amizades, curtir o momento com cautela. Resta aos jovens esperar que as faculdades inspecionem os trotes em conjunto com as autoridades, a fim de manter a segurança. Se possível, inibir os trotes e arrumar outro incentivo de recepção dos calouros.