Ao longo da vida humana ocorrem diversos rituais passagens. O batismo e o casamento, de cunho religioso são as mais conhecidas. Porém há uma bastante antiga, com origens na idade média, representativa de uma ascensão intelectual e a qual vem sendo considerada um instrumento de violência na atualidade brasileira : os trotes. Esse fenômeno ocorre em grande escala e têm suas causas na formação do cidadão, o qual é impregnada pela transgressão. Desde pequenos pode-se observar que a justiça no país é falha, em que os mais inteligentes são os bem sucedidos. Em busca de tal poder, uma espécie de hierarquia se monta no meio universitário, fazendo dos primeiros a acessarem o ensino superior se considerem melhores do que os recém - chegados. Tal fato faz de uma festa de boas - vindas uma forma de repressão e permanência de uma cultura transgressiva. Entretanto, o problema não está na existência ou não dessas interações, mas sim na forma como são realizadas, impedindo a formação de bons e carismáticos cidadãos. Além disso, a violência existente nesse meio impede a continuidade da construção de melhores perfis profissionais, fazendo reinar no país a corrupção profissional. Apesar disso, alguns avanços já foram feitos, sendo o chamado “trote solidário” bastante implementado como alternativa a essas praticas degradantes. Entretanto, ainda há muito a ser feito pois na cultura de muitos Estados tais humilhações já estão se tornando tradição. Diante de tal panorama, observa-se um heterogeneidade no trato com as festas de boas vindas aos “feras”, enquanto algumas tratam mal outras acolhem de uma maneira promissora. Deve-se, portanto, seguir os poucos exemplos já existentes, além de promover uma educação midiática e familiar aos jovens, futuros universitários, para retirar essas praticas da cultura brasileira.