O zelo pela higiene na Idade Média é justificado por este ter sido um período onde inúmeras doenças eclodiram perante a ausência de saneamento. Apoiando-se nessa ideia surgiu o trote onde calouros tinham suas vestes retiradas e queimadas e cabelos raspados. Na contemporaneidade, este assumiu outro significado considerando-se um ritual de passagem para novatos. Porém, o que era pra ser uma atividade de aproximação transformou-se em atos de humilhação e zombaria que buscam reafirmar a superioridade de veteranos, Símbolo de reconhecimento social, o trote é unânime na maioria das universidade. O desejo de enquadrar-se em determinado grupo e não ser taxado de apelidos depreciativos fundamenta a submissão de "bixos" a ações contra sua vontade. À guisa de exemplos, vale ressaltar o caso do jovem Edson Tung, calouro de medicina que depois de muito beber morreu afogado na piscina da Atlética da USP. Todavia, ainda que em pequenos casos, faculdades aderem a um entretenimento saudável. O trote solidário, adotado majoritariamente por cursos de humanas, comprovam que não é necessário a prática de bullying para o estabelecimento de contato entre universitários. Este, baseia-se na ideia de alunos iniciantes como arrecadadores de alimentos para que em seguida estes sejam doados à instituições de caridade. Assim, aproxima-se o grupo com trabalho coletivo e beneficente para comunidade. Logo, é emergente que as Instituições de ensino privadas e públicas assumam uma postura ativa em prol do trote humanizado por meio de campanhas explicando o benefício deste. Ademais, o diálogo é de suma importância para que momentos de integração não se configurem como crime e sim diversão. Dessa maneira, anularemos gradualmente acontecimentos como o ocorrido com Edson.