Durante a Idade Média, surgiu no continente europeu o trote universitário. No Brasil, ele apareceu bem mais tarde em relação aos países europeus, e teve seus primeiros registros após a chegada da Família Real, em 1808, época em que surgiu as universidades no país. Organizado pelos universitário mais antigos, são normalmente realizados nos primeiros dias de aula, com o intuito de promover uma melhor integração entre os estudantes. A tradicional prática mostra que os veteranos organizam brincadeiras que tem um fundamento baseado no respeito e humanismo, mas infelizmente são usados por muitos com intuito de práticas mais radicais e acabam partindo para a violência. O abuso da violência por parte dos universitários com os trotes já resultou em diversos casos chocantes e bizarros noticiados pela imprensa brasileira. Em 1993, Ugo Luís Boattini, jovem aprovado no curso de engenharia na Unesp - SP, abandonou a vaga após ser submetido a humilhações, o calouro foi agredido e teve um peso de sete quilos amarrado em seus órgãos geniais. Em fevereiro de 1999, Edison Hsueh, estudante da faculdade de medicina da Universidade Federal de São Paulo (USP), foi encontrado morto na piscina da associação atlética dos alunos após participar de um churrasco oferecido pelos veteranos. Esses são apenas alguns dos vários relatos sobre tragédias e atitudes desumanas decorrentes dos trotes universitários. Por outro lado, existe em muitas universidades os trotes educativos que foram muito bem aceito com o intuito de manter a tradição da recepcionalidade dos novos alunos, sem o uso de violência. Assim, foram surgindo e ganhando espeço nas instituições brasileiras os trotes educativos, que visavam atitudes solidárias e benéficas para a sociedade.Houve incentivos a campanhas como a doação de sangue, a ecologia buscando a plantação de árvores em de determinados locais, há também o cidadão que se baseia em trabalhos e visitas educacionais em comunidades carentes e por último o social que tem como finalidade as visitas em hospitais e asilos, a fim de levar alegria e prosperidade à essa entidades. Entretanto, é preciso acabar com a barbárie do uso dos trotes universitários que procuram violentar o próximo. As universidades não podem se isentarem de sua obrigações, é preciso impor severas punições aos indivíduos que cometerem tal rebeldia, podendo ser expulso da instituição decorrente do nível de gravidade do seu ato. É imprescindível a ação dos universitários, reivindicando seus direitos e não se impondo a esses que procuram a violência, a denúncia destes é fundamental para o banimento dessas práticas. "A essência dos direitos humanos é o direito a ter direito " Hannah Arendt.