É comum haver um rito de iniciação assim que o indivíduo começa sua vida acadêmica. Esse rito é chamado de trote universitário, no qual é praticado em diversas universidades do pais. Trata-se, dessa maneira, de brincadeiras que funcionam como uma recepção ao calouro. Entretanto, os trotes assumem um caráter violento, na maioria das vezes, que podem desencadear problemas psicológicos, morais e, até mesmo, físicos. É importante pontuar, de início, que há uma intencionalidade envolvida nesse processo de iniciação. Ou seja, muitos veteranos aproveitam a oportunidade para praticarem atos intencionais de violência, que desencadeiam uma série de consequências. Um exemplo disso ocorreu em 2010 na Universidade Federal do Rio Grande, no qual alguns veteranos obrigaram calouros a ingerirem altas quantidades de álcool, o que resultou na hospitalização destes. Logo, é visível que há um excesso de individualidade e fragilidade nas relações ao analisar o próximo. Assim sendo, essas atitudes deliberadas, repletas dessas características, tornam-se cada vez mais corriqueiras em nosso meio. Ademais, é necessário destacar as consequências trazidas por essas atitudes. Muitos trotes são praticados com base na violência e na humilhação do calouro. Tudo isso, por sua vez, acaba denigrindo a integridade física e moral dos indivíduos, além de deixa-lo psicologicamente fragilizado por ter sofrido constrangimento em público. Assim, é comum o aparecimento de doenças psicológicas, como a depressão, por exemplo. Dessa forma, a universidade, que deveria ser um local de aprendizagem e educação, acaba sendo um ambiente propício para o acontecimento de ações prejudiciais aos seus próprios estudantes. Fica evidente, portanto, que nos centros acadêmicos ainda é comum ocorrer trotes desfavoráveis aos indivíduos. É preciso, dessa maneira, que a própria universidade atue nesse aspecto. Ela, por sua vez, poderá promover trotes solidários, no qual tragam benefícios para a sociedade, como doações de roupas, alimentos, bem como doações sanguíneas. Também, é necessário a criação de leis, pelo governo, que proíbem essas atitudes violentas e promovam a punição para quem praticá-la. Isso pode ser feito com a parceria das próprias universidades, no qual podem direcionar as vítimas à denúncia. Só assim, criaremos um ambienta adequado à recepção e que trazem benefícios sociais.