Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Trotes universitários

Redação enviada em 21/06/2017

A cultura do trote remete a Idade Média, é tido como um ritual de passagem, idealizado pelos veteranos. Contudo, práticas abusivas como humilhação, estupro, agressões psicológicas, se tornaram recorrentes em universidades brasileiras. Nesse sentido essa situação tem se perpetuado, devido à dificuldade de punir agressões e também, pelo desejo dos calouros de pertencer ao grupo. Os eventos regados às bebidas alcoólicas, em que indivíduos são intimidados por veteranos, é um ambiente propício a impunidade. Esse foi o caso do calouro em medicina morto afogado no campos da USP, na ocasião ninguém foi preso. Com isso, o trote tem se tornado cultura, uma vez que, seu combate é muito complexo, pois não se sabe quem organiza, devido essa prática não ser acompanhada de perto pela universidade, com a proibição nas imediações das mesmas, o problema os encontros se transferem para outros lugares o que prejudica ainda mais. Outro aspecto, que aumenta a impunidades é a quantidade de participantes elevada que promovem as barbaridades. Convém lembrar que muitos concordam com a prática por ter em mente que na próxima será quem impõe as regras juntamente com outros veteranos. Esse fato, foi previsto por Durkheim, na teoria do fato social, devido se generalizar, ser exterior ao indivíduo e exercer coercividade, que faz as pessoas se submeterem para não serem excluídas do grupo. Assim, quanto maior a demora por ações governamentais o trote se torna instituição social moldando a moral dos participantes, fazendo-os acreditar que fazem o correto. Em síntese, o combate a essa cultura nas universidades é importante para a humanização do espaço. Nesse sentido, o governo deverá incluir o trote violento na lei de tortura, somado a maior presença da guarda municipal, prevenindo abusos. Seria relevante, que as universidades juntamente com ONGs promovessem formas de integração alternativas incluindo o calouro ao ambiente, para evitar a continuidade de eventos isolados, as instituições devem proibir organização e grupos fechados de estudantes, tendo como punição o desligamento do indivíduo. A partir disso a universidade cumprira sua função social mantendo a equidade.