Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Trotes universitários

Redação enviada em 07/11/2016

Desde a Idade Média já eram feitas comemorações para celebrar a entrada de estudantes nas universidades. Todavia, já possuíam um caráter agressivo e medonho para com os calouros, corroborando com a atualidade. A vigente problemática consiste na violência empregada nas brincadeiras e na sujeição dos novatos à situações constrangedoras e humilhantes, sendo que não possuem liberdade de escolha, ou então, por serem novos não possuem voz ativa para pararem tais ações, além disso, as autoridades sobre os universitários pouco fazem para conter os veteranos que, a cada vez mais, perturbam os novos ingressantes. A princípio, os trotes são praticados com o rótulo de tradição e meras brincadeiras. Entretanto, o que prevalece é o sentimento de chacota e vingança para com o calouros que, no entanto, muitas das vezes, se permitem a essas práticas abusivas com o intuito de se integrarem socialmente no novo meio. Esse panorama se torna mais grave quando há adoção de medidas permissivas pelas faculdades, tratando os trotes como uma, despretensiosa, tradição. Dessa forma, cria-se um ciclo interminável, no qual as vítimas, futuramente, se transformarão nos agressores e os acadêmicos recêm-chegados, nos alvos dos atos cruéis. Consoante a isso, o fato de ferir os direitos dos cidadãos, por si só, já se constitui em uma prática criminosa, passível de punição. Porém, soma-se a isso a questão preconceituosa vinculada a essas agressões, uma vez que o racismo e a homofobia também entram como motivo de depreciação. Então, é sustentado uma intolerância e aversão à diversidade no meio coletivo, traduzidas pela banalização de morte, como aconteceu em uma universidade em Rondônia, onde calouros foram queimados através de uma tinta, por veteranos, como consequência tiveram a expulsão desses agressores. Segundo o filósofo Thomas Hobbes, o homem é lobo do próprio homem, assim sendo, sem a adoção de normas e regras para garantir a estabilidade social, seria impossível a convivência harmônica entre as pessoas. Portanto, a necessidade de sanar essa problemática é eminente. Com isso, as universidades devem realizar protocolos que vão contra essas práticas e criar programas que protejam esse contingente. Ao Ministério da Educação é importante que faça palestras nas faculdades federais e estaduais com o fito de esclarecer as consequências e os estigmas que podem ser gerados em virtude da violência. Ademais, os pais devem sempre proporcionar uma boa educação as seus filhos, a fim de que os futuros universitários não sejam agressores e nem agredidos. Dessa forma, a modernização da humanidade será preservada e sem chance se reverter em um retrocesso por meio da violência.