Ingressar em uma faculdade. Sonho para a maioria dos jovens. E uma vez conquistado, terão que viver algumas coisas. Desde que as universidades foram criadas, os veteranos realizam um tipo de "ritual" com os calouros: os tão famosos trotes. Mas, até onde vai essa "recepção"? Fazendo referência ao caminhar de cavalos, o significado dessas brincadeiras, não começa bem, dando a entender que os "bixos", como são chamados os novatos, são animais controlados, e a recepção dos mesmos, em sua grande maioria, não acaba bem.São diversos os acontecimentos que viram crimes, quando o limite excede o normal. Por conta disso, uma lei em Minas Gerais passou a vetar trotes violentos nas instituições públicas, tais como as universidades, além das já criadas CP'Is. E não são poucos os casos em que "sonhos" de jovens de cursar sua graduação não foi possível, como o caso do estudante de medicina que terminou morto afogado, após ser imposto que ele fizesse isso, como o seu trote. E quando não acaba em morte, o indivíduo pode ser lesado psicologicamente, com danos, muitas vezes, irreversíveis. A partir do momento, que 80% dos que participam dessa tradição, dizem que não gostaram ou se ofenderam com alguma coisa, ela se torna algo problemático.Isso acontece por conta da forma desajustada, maléfica e injusta que é executada, não porque os trotes sejam algo ruim. O ideal seria realizar tais trotes de uma forma que todos fossem beneficiados, promover brincadeiras solidárias, ou até palestras sobre os riscos desses trotes. A conscientização dos veteranos é necessária, levar em consideração o que disse Sócrates: "Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância."