Egoísmo, desejo de vingança e imaturidade, são as únicas explicações cabíveis para o que leva alunos veteranos, à zombarem dos "feras", calouros de universidades, por meio de um ritual de iniciação, isto é, fazem com que os alunos novatos passem por vergonha, e difamação da sua imagem para terceiros. São atitudes como essa que acarretam problemas que podem fazer com que os calouros cheguem até a desistir do que viam como o sonho de ingressar no ensino superior. Muitos jovens que se veem na situação de passar por um trote universitário, sentem-se pressionados, pois na ansiedade com que estão nos primeiros dias de aulas, acompanhado do desejo de buscar novas amizades, preferem passar pelo ato de envergonhamento, para que não sejam tachados como caretas, ou antissociais. Os responsáveis pela pregação de peças nos calouros, continuam a fazer tal modo de recepção, pois assim como os novatos, os veteranos já passaram por um trote, e assim como um dia foram calouros e tiveram de se submeter a ação de veteranos, agora os ex-calouros sentem-se no direito de praticar os trotes com os novatos. Não são em todas as universidades e faculdades que acontecem trotes universitários violentos, pois quem decide o que será feito com os calouros, são os veteranos. E o que será feito para o trote, varia da opinião de vários alunos de diferentes cursos. O problema está no perigo que uma brincadeira por causar, deixando de ser apenas uma diversão. Pelo fato dos trotes serem aplicados, na maioria das vezes, dentro do espaço universitário, as instituições devem proibir esse modo de recepção, isto é, devem acarretar punições para os alunos que pratiquem o trote. Em visão disso, faz-se necessário verdadeiras recepções para os calouros, isto é, festas ou atividades de boas vindas para os recém ingressantes no ensino superior, com festas e atividades que causem harmonia em grupo