A entrada em uma universidade pública é o sonho realizado de muitos jovens e até adultos. No entanto, ao entrarem, já nas primeiras semanas submetidos a vários tipos de trotes pelos veteranos. A maioria desses trotes são violentos e humilhantes. É verdade que o trote tem sua origem ainda na idade média e trata-se de uma alusão ao trotear de um cavalo, deixando clara a posição inferior dos novatos em relação aos veteranos. Entretanto, segundo Antônio Zuin, professor da UFSCAR, deixa claro que essa é uma prática de significado extremamente negativo. São vários os relatos, semestre após semestre de vítimas de trotes que chegam a abandonar seu sonho, tamanho o trauma pelo qual passou. Mesmo sendo uma prática antiga, os trotes devem ser extintos e punidos no Brasil. Não se trata simplesmente de festas que acabam mal, os trotes são organizados com antecedência pelos veteranos, tendo até regras e manuais como mostrado em uma série de reportagens feitas pela emissora de TV EPTV Campinas- SP sobre o tema e percebeu-se a omissão de professores, administradores, e reitores de universidades renomadas que se limitam a somente abrir inquéritos para apurar os casos, quando esses vem a tona na mídia. Não resta dúvida, os trotes atuais, mesmo os chamados solidários, vitimizam e humilham o calouro, portanto mais do que medidas administrativas, é preciso punição severa aos praticantes e organizadores de trotes e a expulsão da universidade deve ser considerada, pois não se pode permitir que essa barbárie se perpetue e chegue à sociedade com cidadãos com desprezo pelo outro. É dever do Governo interferir e criar regras já que são instituições públicas e cobrar das administrações e reitorias que se cumpram essas regras, que sejam as primeiras a policiar e denunciar tais atos para que sonhos de muitos estudantes não se tornem seus piores pesadelos.