Os trotes universitários representam uma espécie de tradição em várias instituições de ensino superior brasileiras que, eventualmente, têm sua prática questionada sobre os limites daquilo que é lúdico ou abusivo. Assim, a falta de limites e o excesso de brincadeiras podem levar a graves consequências. Além disso, é notório que as universidades falham ao não promover medidas eficazes para evitar abusos. Decerto, os trotes universitários devem ser uma atividade lúdica com o intuito de promover a interação entre calouros e veteranos, criando um ambiente de confraternização entre os alunos. Infelizmente, não é o que acontece em muitas universidades cujos trotes são marcados por abusos, como ingestão de álcool combustível, simulação sexual, pinturas sobre o corpo e outras ações constrangedoras. Nesse contexto, as universidades proíbem os trotes em seus campus e ameaçam com punições os alunos que se excederem. No entanto, essas medidas mostram-se frágeis, visto que não inibem as práticas violentas. Por outro lado, o estado também omite sua responsabilidade diante desse problema, uma vez que ele deve fiscalizar e punir os agressores. Dessa maneira, proibir os trotes nas universidades não é a medida mais eficiente para conter os abusos. Portanto, é fundamental que as universidades aumentem as fiscalizações desse eventos e articulem debates com alunos e professores a fim de estabelecer os limites dos trotes. Ademais, as instituições em parceria com a mídia, por meio de propagandas e campanhas, devem orientar os alunos e incentivá-los a fazer trotes solidários - doações de sangue, roupas, alimentos, entre outros . Além disso, o estado precisa punir os agressores mediante multas e detenção.