A passagem dos alunos do ensino básico para o superior é, na maioria das vezes, uma das principais realizações dos cidadãos. A recepção à esses calouros, porém, é um tanto abusiva em alguns casos, chegando a ser uma violência brutal. A mudança dessas atitudes deveriam ser enfatizadas pelas instituições sem haver repúdio ao trote universitário, pois é um evento importante para a socialização da comunidade acadêmica. Recentemente, foi noticiado pelo "Fantástico", do canal "Globo", o caso de agressão a um calouro do curso de medicina na festa de recebimento aos novos alunos. A vítima relatou que obrigavam a consumir bebidas alcoólicas, fazer gestos obscenos, além da humilhação pública. Esse episódio demonstra o abuso de poder de alguns veteranos e a prática -quase comum- do uso de substâncias tóxicas, para que através disso, possa haver uma efetiva aceitação dos novatos. Além disso, esses fatos contribuem para denegrir a imagem das instituições educacionais e discorrer da sua principal função: a formação de cidadãos comprometidos com a sociedade e o bem coletivo. Apesar desses acontecimentos, o trote não deve ser banido ou mal visto, pelo contrário, deveria de aperfeiçoado de forma saudável, porque é um ótimo meio para a integração social. Em vista disso, para a harmonização desses eventos, a união entre Estado e sociedade é essencial. Esta poderia incentivar dentro do cunho familiar, a importância do respeito e harmonia no âmbito educacional. Aquele, por sua vez, deveria oferecer programas de celebrações saudáveis aos calouros, dando liberdade para os alunos mas, ao mesmo tempo, monitorando sua realização.