Título da redação:

O ciclo do trote universitário

Tema de redação: Trotes universitários

Redação enviada em 01/03/2015

A aprovação para uma universidade é o sonho de qualquer vestibulando. E o trote é componente que faz parte dessa transição estudantil no ingresso do ensino superior. Mas ultimamente, essa questão tem confrontado a população, as mídias comunicativas, as universidades e, principalmente, os estudantes calouros. Isto porque o que para ser um rito de passagem e de boas-vindas por parte dos alunos veteranos, está se transformando em problema social e de consequências assustadoras. O trote universitário mudou de conotação tão drasticamente que ao invés de ganhar destaque estudantil, ultimamente, está estampando os noticiários policiais do país. O que acontece é que alguns estudantes veteranos estão se aproveitando desse período de adaptação e chegada dos novatos para, literalmente, “domá-los” e expô-los ao ridículo. Essa espécie de “domesticação da universidade” é executada através de atitudes exploratórias, vexatórias e desumanas como aplicação de alguns tipos de venenos em suas peles, ingestão de combustíveis e exposição a materiais químicos indiferentes a natureza humana. Segundo o professor Antonio Zuin, essas práticas querem como resultados alcançar uma espécie de “vingança pelos transtornos e sofrimentos” pelos veteranos. Isso resulta num ciclo vicioso que requer atenção. Se um aluno calouro sofreu esse tipo de violência com certeza irá, também, quando se tornar veterano, se “vingar” dos próximos estudantes ingressantes. Então, para frear essas sucessões, é dever, principalmente, das universidades de fiscalizar, repreender, punir e informar seus alunos dos perigos e consequências através de campanhas e medidas preventivas. Portanto, para acabarmos com essa questão que está se transformando em crime policial é preciso impedir a propagação desse ciclo. É responsabilidade dos estudantes (tanto veteranos e calouros), das universidades e do poder público de trazer informações e devidas punições para essa prática. Evitaremos assim que o sonho de ingressar no ensino superior seja corrompido pelo pesadelo da violência.