O trote universitário é uma tradição das universidades brasileiras, com origem européia, que consiste em integrar veteranos e calouros, na expectativa de que crie-se um ambiente agradável de convivência e amizade. Contudo, muitas vezes estes trotes são abusivos fisicamente e verbalmente, colocando em dúvida o objetivo inicial desta tradição. O modelo europeu de trote consistia em queimar roupas e raspar o cabelo de calouros, com o argumento de que isso impediria que doenças entrassem na universidade, de uma maneira divertida. No Brasil, desde que essa tradição foi implantada, já ocorreram dezenas de mortes, causadas principalmente por afogamentos e agressões físicas, provocando medo nos estudantes a ponto de optarem por não frequentarem uma universidade. A universidade tem o dever de promover o bem estar do aluno, propiciando um lugar seguro e equilibrado para sua aprendizagem e socialização, todavia a maioria das universidades não impõe medidas restritivas na realização do trote. Portanto, o trote acaba saindo da zona de diversão e acaba entrando na zona da zombaria, das agressões e humilhações e automaticamente vai contra os direitos humanos. Nenhuma atitude rígida é tomada em consideração a isso, trazendo traumas no lugar da concretização de um sonho. Leis severas deveriam ser tomadas a respeito, punindo da mesma forma que pune-se um agressor físico, uma pessoa que comete bullying, e até um assassino, a partir de então, se teria uma real socialização, na qual todos fossem iguais e compartilhariam dúvidas, respostas, sonhos e realizações