Bixo, pernilongo, muriçoca, apenas alguns dos nomes ofensivos que recebem os calouros em suas universidades. Antes parasse por aí, mas extrapolam, chegando ao lamentável e famoso trote, ato que persiste desde as primeiras universidades da Baixa Idade Média. São atos desagradáveis que mexem tanto com a integridade física quanto psicológica do iniciado. Os ditos veteranos dizem ser o trote uma forma de iniciarem e interagirem com os novos estudantes simplesmente para disfarçarem suas atitudes muitas vezes violentas, onde sentem-se com um poder acima da lei – ou dizem ser a própria – para atacarem impiedosamente, que vão desde agressões físicas até a ingestão incontrolável de álcool pelos novatos, colocando em risco suas saúdes. Não só bastasse, afetam também seus lados psicológicos, tornando-os chacotas por terem seus cabelos raspados, caçoando de suas caras por estarem todos pintados ou abusando-os em meio a praças públicas com atos vexatórios, no qual o que era pra ser uma comemoração passa a ser um problema bem mais grave. Portanto, precisa-se tomar medidas para acabar com esses absurdos, que vão desde a maior fiscalização das universidades punindo severamente aqueles que não respeitarem tais normas, até a conscientização de nós indivíduos, deixando de lado o princípio de vingança e quiçá realizando trotes solidários, como doar sangue, arrecadar materiais para doação ou visitar um asilo. Enfim, basta nos conscientizarmos.