O ingresso na universidade é uma importante conquista para os jovens brasileiros, sob pressões e estresses do ano do vestibular a tão sonhada entrada para a faculdade é tida como um marco em suas vidas. No entanto, as recepções pelos veteranos acabam por se tornar formas agressivas e abusivas com calouros, levando a inúmeros problemas para os novos universitários. Há quem diga que os trotes universitários são costumes da sociedade contemporânea. No entanto, tal artifício é presenciado ao longo do curso da história. Nas primeiras universidades europeias os novos estudantes ficavam submissos aos veteranos e sofriam inúmeras repulsões pelos mais velhos universitários, como práticas repreensivas contra os calouros por uma questão de esclarecimento de hierarquia. O problema surge quando tais artifícios de séculos passados são utilizados na contemporaneidade de forma até mais violenta e agressiva. As práticas de atividades que usufruem de humilhações e torturas pelos veteranos com os novos estudantes, podem levar a sérios problemas psicológicos como depressão e a geração de indivíduos antissociais. Paralelamente a isso, há o desrespeito aos direitos humanos, uma grave infração à constituição mundial. Dessa forma, para reverter essa situação, é necessário que as universidades assumam a responsabilidade com seus alunos. Para isso, é preciso que a instituição mude suas regras, passando a adotar medidas que visem acabar com essa forma de comemoração polêmica. Isso poderá ser feito com punição rigorosa como suspensões ou até expulsões dos indivíduos que forem pegos praticando os trotes. Ademais, é imprescindível que os universitários que sofreram essas brincadeiras se conscientizem acerca das boas relações humanas e recebam os novos integrantes da universidade de forma amigável e festiva, sem infringir aos direitos humanos. Só assim caminha-se para a extinção dos polêmicos trotes violentos.