Título da redação:

Cultura do abuso

Tema de redação: Trotes universitários

Redação enviada em 20/04/2015

A alegria de ter o ingresso garantido na universidade, no mundo contemporâneo, tem virado pesadelo. A sociedade hodierna, por sua vez, se comporta de maneira permissiva o que facilita a transgressão. De maneira a ultrapassar o limite do constrangimento aceitável, os veteranos abusam do poder, nos trotes universitários. Neste sentido, transformar a barbárie dos trotes violentos em solidários e de integração social é uma necessidade do século XXI. A inserção dos novos alunos se comporta como um ritual de passagem desde a Idade Média. Como tradição medieval, os novos alunos designados como “bixos”, pelos veteranos, são muitas vezes forçados a cenas condenáveis, que passam do aceitável e tomam rumos obscuros, de modo a chegar até mesmo à óbitos. Desta maneira, cada início de ano se torna uma preocupação do que estará por vir e dos rumos que esta barbárie poderá tomar. As praticas vexatórias se entendem às redes sociais, nas quais o calouro deve mudar seu nome de perfil e sua foto, para uma de seu documento de identidade. Com a concorrência acirrada e a pressão que o calouro sofre para ingressar na universidade, os trotes se tornam para eles um ritual de passagem e um momento de felicidade, que não deve ser transformado em caos. Ademais, para o novato, este momento é tido como possibilidade de se sentir integrado na vida universitária. Diante do exposto, tornar essa passagem agradável e como lembrança boa para o novo universitário é uma tarefa e necessidade a ser cumprida. Diante desde panorama, fica evidente a certeza de que o trote solidário é o melhor caminho para a integração social. Como se pode constatar na Constituição Federal de 1988, em seu 5° artigo, todos são iguais perante a lei, e sendo assim, preservar a integridade, sem se sentir superior ao calouro, é dever do veterano. As faculdades, por sua vez, não podem se eximir de suas responsabilidades, e aplicar politicas de segurança eficientes de modo a afastar a cultura do abuso e da humilhação torna-se seu dever. Sendo assim, o ritual de passagem poderá perpetuar pelas próximas gerações de maneira saudável, garantindo a paz almejada a cada início de ano letivo.