Durante meses de dedicação aos estudos, preparando-se para os vestibulares ou ENEM, eis que é chegada a hora da recompensa de todo o esforço. Ter o nome na lista dos aprovados, é uma alegria singular para o jovem que atingiu seu objetivo. Hoje em dia, porém, tal alegria vem acompanhada muitas vezes de anseio, apreensão, pois é certo que os calouros serão recepcionados pelos veteranos que lhes aplicarão o conhecido trote, considerado desde a idade média um rito de passagem para aquele que sai do ensino médio e ingressa no nível superior. Mas até que ponto isso é aceitável? Há 16 anos na Universidade de São Paulo, o calouro Edison Tsung foi encontrado morto no fundo da pscina da instituição logo após a festa de recepção - trote-. O mesmo, foi pintado e obrigado a entrar na pscina sem saber nadar, tendo consequências fatais. Vale ressaltar que esse é um dos diversos casos existentes no mundo ao longo dos anos. Muitos jovens aceitam a participar, por se sentirem inferiores e acabam perdendo seus sonhos, suas vidas. Sendo assim, é bastante evidente que o que antes era uma simples brincadeira sem conseqências graves, passou a ser um crime, havendo o desrespeito a dignidade humana e aos direitos humanos. Deve haver portanto, a identificação e punição de estudantes envolvidos em trotes severos. Punição essa, envolvendo uma reeducação, mostrando outras alternativas como o trote solidário, havendo uma maior humanização.