Trote universitário é uma tradição medieval realizada na maior parte das universidades do Brasil, afim de proporcionar um vínculo dos veteranos com os calouros, dando-lhes boas vindas. Entretanto o mesmo vem se tornando motivo de medo, contrastando com a alegria e a satisfação dos jovens que conseguem passar em vestibulares extremamente concorridos, visto que alguns passam dos limites humanitários. Todo ano é noticiado casos de abuso em trotes acadêmicos como consumo de bebidas alcoólicas e drogas forçado pelos veteranos, e várias outras humilhações e descasos. No início de 2015, por exemplo, foi publicado no site G1 o caso de uma adolescente de São Paulo que foi queimada por ácido no primeiro dia de aula. De acordo com o artigo 5º da Constituição Federal, ninguém será submetido à tortura, tratamento desumano ou degradante. No entanto, veteranos que praticam tal ato desconhecem ou ignoram esse artigo. Segundo Paulo Freie, "A violência destrói a dignidade da vida e a liberdade do ser humano". Não é justo, e não pode ser aceito que e a felicidade dos estudantes que se esforçaram um ano inteiro para se sair bem no vestibular, seja interrompido por brincadeiras maliciosas que ferem os direitos humanos, causando a eles traumas psicológicos. Algumas medidas contra isso já vêm sendo tomadas, tendo em vista por exemplo, que algumas universidades adotaram o chamado Trote Solidário, em que os novos integrantes são convidados a doarem sangue, roupas, alimentos, entre outras coisas. Todas as faculdades do Brasil deveriam adotar projetos desse tipo somado a inclusão de fiscalização nas primeiras semanas de aula, permitindo somente brincadeiras saudáveis, com tinta por exemplo, desde que seja opcional aos calouros.