Ser aprovado em uma universidade pública ou privada de renome, é o sonho de muitos estudantes. E quando alcançado, o momento mais esperado torna-se "o dia de fazer a matrícula". Aquele que todos estão felizes, cantando os hinos da universidade, comprando as roupas da faculdade, e se integrando - ou se entregando - aos veteranos. Muitas universidades não tem políticas de controle dos trotes de boas - ou más - vindas. Sendo assim, alguns veteranos (muitas vezes, grupos pequenos deles) se aproveitam de situações em que supostamente, exercem algum poder sobre os calouros para assim humilha-los e diminui-los. Tanto que algumas instituições já aboliram a prática de "integração". É possível encaixar a prática de trotes violentos na teoria de biopoder do filósofo francês Michel Foucault, na qual afirma que pessoas mais experientes (no caso veteranos), podem induzir leigos (calouros) a praticar algo, apenas por serem mais experientes. Por outro lado, o trote é uma tradição vigente desde a idade média. E momento esperado por muitos vestibulandos. Com o passar do tempo, houveram mudanças nessa prática, como a introdução do "trote solidário", que visa auxiliar pessoas necessitadas de alimentos, roupas e produtos de higiene. Assim, observa-se que o trote também pode ser bem vindo, integrativo, engraçado e divertido - para todos os envolvidos. Cabe a cada instituição realizar trabalhos de conscientização com todas as turmas, para que reconheçam a importância e também a dimensão da violência dos trotes. Ás famílias, orientarem os estudantes a agirem dentro de seus princípios, ética e moral. E ao Estado, a realização de campanhas contra os trotes violentos. Fazendo desse combate, uma ação conjunta.