O trote universitário ainda hoje é um assunto que muito preocupa a sociedade. Com o objetivo de interação e aproximação entre calouros e veteranos, essas brincadeiras tornaram-se permitidas pelas universidades. O problema é que, muitas vezes, elas são abusivas, humilhantes e até letais. Desde 1808, com a chegada da Família Real, já eram registrados os trotes universitários. Inicialmente, possuíam um único objetivo: aproximar os velhos e novos alunos. Porém, em alguns casos, veteranos se excedem e humilham, agridem física e emocionalmente e chegam até a matar calouros. Esse é um problema cada vez mais preocupante, que ainda acontece nos dias de hoje. Por esse motivo, muitas instituições e até municípios, como Presidente Prudente, São Paulo, decidiram extinguir essas brincadeiras, mas ainda são minoria. Ainda que uma prática muitas vezes violentas, os trotes são poucos fiscalizados. Isso acontece por dois fatores: a negligência das universidades para com o combate deles, tentando sempre abafa-los, e o baixo número de ocorrências prestadas pelas vítimas, que se escondem por medo e/ou vergonha. Dessa forma, torna-se favorável a persistência de brincadeiras ofensivas e violentas. É necessário, portanto, que o governo introduza uma campanha de educação nas universidades a fim de conscientizar sobre o real objetivo dos trotes. O Judiciário deve fiscalizar e assegurar a erradicação dessas práticas violentas e, também, tornar as universidades responsáveis ativas no combate à elas. Assim, os trotes voltarão a ser respeitosos e a seguir seu objetivo inicial.