Segundo Thomas Hobbes, o mal é inerente ao homem. Este é um conceito determinista, o qual gera diversas opiniões. Porém, é consensual entre a maioria da sociedade a ideia de que é da natureza humana a busca pelo conhecimento. Dentre esses dois conceitos emerge a indagação: Qual o resultado da aliança entre conhecimento e maldade? Infelizmente, o primeiro encontro entre calouros e veteranos, em muitas faculdades, tem dado a resposta para tal questionamento com o uso da violência. Pois, alguns veteranos se autodeclaram com o direito de usar seus conhecimentos sobre a manipulação de substâncias químicas para denegrir seu próximo. Como foi visto recentemente no caso dos calouros de Adamantina, no interior de São Paulo, os quais tiveram uma das córneas e as pernas feridas por tais substâncias. Diante de tal atrocidade uma das jovens atingidas se diz tão assustada que considera a possibilidade de desistir da faculdade. Para essas vítimas o momento o qual deveria ser de integração e acolhimento se tornou um trauma presente no resto de suas vidas. Portanto, para quebrar essa aliança se faz necessário uma atuação incisiva por parte das universidades. Para tanto, podem ser tomadas como exemplo as iniciativas da USP e da UNESP, as quais disponibilizaram números de telefone para denúncias. Além disso, as instituições de ensino podem elaborar cartilhas explicando a necessidade de um bom acolhimento ao novo aluno e as consequências de possíveis atos de violência, como a expulsão.