O trote universitário, prática comum nas universidades e faculdades brasileiras, foi criado na Idade Média com o intuito de, a princípio, marcar a entrada do estudante na vida universitária e de o integrar nesse meio. Com o passar dos anos, porém, esse sentido foi cedendo lugar para exploração do poder por parte dos veteranos, o que desencadeou inúmeras mortes e agressões física e verbal, que contradiz a proposta de integrar os calouros, feita na Idade Média e dita preservada até os dias atuais. Casos como o das universidades federais do Rio de Janeiro e São Paulo, em que dois jovens foram mortos e um teve seu nariz e rosto quebrados , exemplificam claramente que o trote perdeu seu significado e que o mesmo se tornou inválido, imoral e inescrupuloso. Diante de tanto sofrimento, alguns ou até a maioria dos calouros esperam arduamente a chegada de sua hora de aplicar o trote. Quando ela chega, esse calouro - agora veterano - desconta no recém-chegado toda sua fúria e vinga-se, aplicando-o da mesma forma ou até pior. Contudo, esse tipo de trote gera um ciclo vicioso e estúpido, que tem mais malefícios do que benefícios aos universitários. Diante dos fatos deploráveis aqui citados, conclui-se que é chegada a hora de o poder legislativo federal implantar em todo o país a nova lei promulgada pelo estado de São Paulo, que proíbe o trote universitário em que há ataque à integridade física e moral do calouro.