No fim de 2014, foi instaurada uma CPI em São Paulo para apurar violações aos direitos humanos em trotes universitários. Essa questão tem tido grande repercussão nacional, relatando diversos casos de violência. Para entender esse panorama, é necessário compreender que a violência é inerente ao ser humano que é exacerbada nos abusos de poder. De fato, com um olhar cuidadoso, há indícios da agressividade inata do indivíduo. Crianças brincando, por exemplo, têm atos brutais contra outras, sem mesmo ter contato com os "maus exemplos". Isso acontece porque o homem, como animal, manteve seus instintos e sentimentos de defesa, buscando sobreviver no ambiente. Entretanto, a má administração de sua índole pode caracterizar cenas de crueldade. Hoje, muitos trotes universitários são marcados por abusos sexuais, humilhação pública entre outros. Por outro lado, os veteranos afirmam que são só brincadeiras, apenas um ritual de passagem. Mesmo assim, são indiscutíveis os casos de adolescentes mortos a cada ano no Brasil. O tal ritual se mostra, então, como uma forma de vingança aumentada pelo o que os veteranos passaram. Pode-se inferir, portanto, que os trotes são consequência de um resquício emocional e vingativo. Para reverter esse quadro, é necessário que ONGs promovam mais palestras dentro das universidades sobre o caráter humano, suas dimensões e como controlá-lo. Além disso, as próprias instituições de ensino superior deveriam estimular, com campanhas, o trote social, ajudando a cidade e a própria sociedade.