Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Testes em animais: até que ponto o avanço da ciência interfere no direito à vida dos animais?

Redação enviada em 22/09/2016

De acordo com o proferimento do renascentista Francis Bacon, conhecimento é poder. Baseado na afirmação baconiana, cientistas têm submetido suas pesquisas a atividades que rompem os preceitos éticos da biomedicina: o uso indevido de corpos vivos de animais nos experimentos científicos. Frente à análise da filosofia moderna a respeito dos organismos, um ser vivo necessita atender não só suas necessidades fisiológicas, mas também cultivar um convívio com seres de sua espécie. As condições insalubres impostas aos animas destinados às pesquisas da ciência – como cárceres que não permitam sua locomoção - aliado ao isolamento do animal frente ao seu habitat natural refletem-se em distúrbios físicos e temperamentais. Experimentos relacionados a queimaduras, armas de fogo e raspagem subcutânea dos seres envolvidos tornaram-se comuns no âmbito da ciência. O uso de substancias cancerígenas, terapêuticas ou emissoras de radiação estão agressivamente inseridos na sociedade contemporânea. Substâncias como tabaco e aparelhos celulares estão longe de serem retirados de circulação. Frente a isso, o teste desses elementos em animais reflete-se apenas em cumprir estágios estabelecidos pela norma federal, o que torna a cruel submissão de espécies em uma falsa segurança a respeito do produto comercializado. De acordo com os argumentos supracitados, uma estratégia socioespacial para reverter tal contexto é a proibição do uso de animais em testes de substancias de adorno, cujo mercado atual já oferece opções viáveis ao homem. Em pesquisas destinadas à saúde, a cultura de tecidos deve ser priorizada, junto ao investimento em novos métodos de testes pré-comercialização. Em segundo plano, o uso de tranquilizantes e analgésicos deve ser colocado como prioridade no cenário cientifico brasileiro.