Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Testes em animais: até que ponto o avanço da ciência interfere no direito à vida dos animais?

Redação enviada em 21/09/2016

Mesmo após tantos avanços na ciência, a utilização de animais para fins médicos ainda é assunto de pauta e divide a classe científica. Se por um lado alguns cientistas defendem que para buscar a cura de doenças é necessário organismos vivos; por outro, instituições ligadas à fiscalização e autorização de práticas médicas afirmam que drogas testadas em espécimes não humanas não viabiliza o uso destas em humanos. Muitos cientistas defendem o uso de animais em experimentos com finalidade médica, porque segundo eles os sistemas que compõem o corpo das cobaias simulam os do ser humano. Evitando dessa forma o uso de pessoas e possíveis alterações em seus organismos. Como dito pela pesquisadora da USP Silvana Gorniak: " (...) Não existem métodos alternativos para testar anticancerígenos, vacinas contra aids, medicamentos anti-hipertensivos. Para saber se eles funcionam, precisamos testar em animais”. No entanto, instituições que são encarregadas de fiscalizar e autorizar praticas científicas já declararam que os testes em animais não garantem que o corpo humano reagirá da mesma maneira em contato com a substância. Segundo o cardiologista nuclear John Pipp, a própria vigilância sanitária dos Estados Unidos já admitiu que experimentos nas cobaias não são capazes de prever o comportamento do organismo humano diante de uma droga. Desse modo, é papel dos cientistas desenvolverem ferramentas, como os testes in vitro já em vigor, cada vez mais similares à fisiologia humana e cabe ao Estado por meio do Concea (Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal), fiscalizar e aprovar experimentos que substituam gradativamente as cobaias. Ambas as atitudes farão que os resultados obtidos nos testes possam ser realmente aplicáveis ao homem e que os animais sejam privados do sofrimento, mesmo que seja mínimo, ocasionado pelos procedimentos científicos.