Para que a ciência progrida, é necessário que experimentos sejam realizados e os testes sejam cautelosamente analisados a fim de obter resultados seguros, especialmente no que tange à saúde. Entretanto, com a utilização de animais em experimentações científicas, diversas empresas e laboratórios ultrapassam limites éticos e os impõem a terríveis maus tratos, ocasionando prejuízos físicos e psicológicos. Durante a Segunda Guerra Mundial, no século XX, os humanos eram as principais cobaias nos experimentos científicos, ainda que involuntariamente. Assim, diante dos conflitos da época, homens eram capturados e levados aos laboratórios para passarem por experiências sem sua permissão, sendo submetidos aos mais diversos tipos de tortura. Contudo, com o passar do tempo, os humanos foram substituídos por animais, mas as condições de tratamento pouco mudaram desde então. Desse modo, presencia-se atualmente inúmeros exemplos de casos em que empresas utilizam animais para testes de produtos sintéticos, como ocorre na maioria das empresas de cosméticos, em que os produtos são anteriormente testados em animais e, muitas vezes, certos compostos são extraídos destes, para que finalmente atinja o mercado consumidor. No entanto, tais empreendimentos submetem os bichos a condições de encarceramento, escassez de água e comida e a testes químicos que podem oferecer riscos a sua saúde, acarretando transtornos psicológicos e ferimentos. Nessa perspectiva, é mister que o Poder Público amplie a fiscalização das empresas e laboratórios que utilizam animais em seus testes, a fim de evitar que estes sejam expostos a condições deploráveis de tratamento, podendo multar e fechar as indústrias que não respeitarem as leis vigentes. Ademais, é imprescindível a criação de leis que obriguem a utilização de tecidos humanos sintetizados em laboratórios para a realização dos testes laboratoriais em que seja possível, bem como um maior investimento financeiro nas pesquisas que buscam o desenvolvimento de técnicas alternativas para as pesquisas científicas. Dessa forma, será possível amenizar o sofrimento causado aos animais sem a necessidade de comprometer o avanço da ciência.