Título da redação:

O fim da inércia

Tema de redação: Testes em animais: até que ponto o avanço da ciência interfere no direito à vida dos animais?

Redação enviada em 18/05/2016

Assim como na Física, na qual a inércia é a propriedade que mantém a matéria sem variação de velocidade, a sociedade brasileira está comodamente inerte em relação à problemática dos testes científicos em animais, sem forças para sair da inalterabilidade e modificar essa situação. De fato, pode-se afirmar que, a ciência evoluiu no decorrer dos anos e para isso foi necessário realizar muitos experimentos científicos. No entanto, esses testes são realizados de maneira agressiva que causam dores aos cobaias e mediante à um cenário de infraestrutura inadequado. Cabe observar, inicialmente, que, os animais possuem a capacidade de sentir dores físicas e emocionais. Nesse cenário, observa-se a insensibilidade do pesquisador brasileiro quando expõe a vida de um animal à testes que embora necessários e essenciais para o avanço e para novas descobertas na ciência, poderiam ser realizados com mais cautela. Portanto, uma atenção ao sofrimento do cobaia é necessária visto que esse é submetido a testes sem anestesias e sentem total dor do início ao fim. Outro fator que corrobora para essa discussão são as condições presentes no dia a dia dos laboratórios que utilizam animais como fontes de pesquisa. Um cenário crítico de infraestrutura inadequada na qual faltam materiais, remédios, a tecnologia está ultrapassada e os cuidados necessários para com o animal não são levados a sério. Nessa conjuntura, observa-se que se houvesse um investimento para essa melhora, daria um suporte adequado para a realização desses testes que, mesmo prejudiciais, são essenciais para a vida humana. Ademais, seria possível reduzir o sofrimento enfrentado por eles na medida que estariam aptos e em um ambiente favorável para a realização dos testes. Portanto, certa vez afirmou René Descartes que não existem métodos fáceis para resolver problemas difíceis. De fato, para a remediação desse cenário crítico, é necessário que o IBAMA faça uma fiscalização rigorosa com o uso de multas caso as cobaias sejam maltratadas e que o poder legislativo haja na criação de leis que punam laboratórios que não estejam com a infraestrutura adequada para a realização dos experimentos. Sendo assim, somente com as mais variadas forças, vindas de várias camadas e somadas com o intuito de amenizar o sofrimento dos cobaias, haverá uma contribuição para o fim da inércia.