Título da redação:

O complexo ser animal

Tema de redação: Testes em animais: até que ponto o avanço da ciência interfere no direito à vida dos animais?

Redação enviada em 16/06/2015

Seleção natural. Este é o conceito utilizado por Darwin para explicar a evolução das espécies. Esta evolução se dá por meio de um processo denominado pelos pós-darwinistas de mutação gênica. Estas mutações são diretamente responsáveis pelo surgimento de novos vírus e cepas bacterianas mais fortes, e consequentemente por novas doenças. Sendo assim fazem-se necessárias novas pesquisas tendo como suma importância o uso de animais nas experimentações. No processo de desenvolvimento de novos fármacos tem-se a necessidade de se realizar testes antes da utilização do homem. Para isto os cientistas tentam simular ambientes semelhantes aos encontrados pelas moléculas ativas de medicamentos dentro do corpo humano, realizando-se primeiramente testes in-sílico, através de programas computacionais, e testes in-vitro, através da recriação laboratorial de células e tecidos. Todavia dada a complexidade do corpo humano e a quantidade de reações simultâneas que ocorrem dentro deste, tornam-se muito limitados assim como pouco conclusivos os resultados destes primeiros testes. Evidenciando-se então a necessidade de utilizar-se animais. Por consequência desta necessidade surgiram leis para tais usos em experimentos a fim de tornar-se ético o uso dos animais nas pesquisas, haja vista que o uso destes é a melhor forma de testar as moléculas bioativas, afinal tratam-se de organismos complexos assemelhando-se ao máximo com as condições humanas mediante ao que tem-se acesso atualmente. Embora mesmo que organismos complexos, ratos, coelhos, cães e homens, são muito diferentes entre si, tornando-se necessário que os testes de novos fármacos sejam feitos também em humanos em seu último estágio de desenvolvimento. Entretanto neste estágio, tendo-se colocado a molécula a prova nos outros testes, reduz-se muito as possibilidades de reações inesperadas nos seres humanos no que se refere a toxicidade e atividade metabólica do fármaco. Logo conclui-se que ainda é necessário o uso de animais em pesquisas, porém o governo deve investir mais em estudos in-sílico e in-vitro para que futuros resultados destes investimentos possam recriar ambientes cada vez mais parecidos com a complexidade humana e a medida que estes recursos evoluírem, reduzir-se-á o uso de animais nas pesquisas, desde que outros métodos sejam credenciados e comprovados cientificamente. Paralelo a isso deve-se também intensificar a fiscalização do uso de animais, preservando assim a ética e valorizando a vida.