Com a evolução dos métodos científicos as práticas experimentais deixaram de ser rudimentares se comparado as tecnologias desenvolvidas nas ultimas décadas, no entanto, algumas permaneceram, mesmo na condição de serem substituídas como, por exemplo, as pesquisas realizadas através de animais. Apesar do beneficiamento ser em geral para os seres humanos é necessário conciliar a utilização da vida dos bichos nos estudos com os valores éticos. É fundamental destacar, que diversos experimentos bem sucedidos contribuíram para a sociedade. Não faltam exemplos para demonstrar essas conquistas, como a de Carlos Chagas, na qual concretizou suas pesquisas sobre a malária por meio de testes em saguis e insetos e a descoberta da poliomielite com a utilização de macacos por Albert Sabir. Dessa forma, o uso de animais seria legítimo apenas se o bem alcançado for maior do que a dor causado aos animais. Convém apontar, no entanto, que as pesquisas não concluem sempre ao sucesso. Os ativistas relatam que muitos experimentos submetem os bichos ao sofrimento e não trazem resultados positivos. Um caso que ilustra esse argumento é o da talidomida, remédio que causou a deformação de fetos em grávidas nos anos de 1950. O medicamento havia sido aprovado para a comercialização após testes em animais. Fica claro, portanto, que os animais tiveram importância em inúmeras análises médicas e já evidenciavam nos períodos de baixa tecnologia a necessidade de novos métodos, que atualmente são possíveis, como a simulação computacional, por exemplo, da plataforma integrity utilizada nas universidades brasileiras na produção de fármacos, a engenharia genética na síntese de tecidos para testes, dentre os diversos recursos da bioinformática que podem ser desfrutados a partir de investimentos públicos do Governo a fim de potencializar benefícios para ambos os lados, o do direito a vida desses seres e do avanço científico à sociedade.