Título da redação:

Naturalmente dignos de direitos

Tema de redação: Testes em animais: até que ponto o avanço da ciência interfere no direito à vida dos animais?

Redação enviada em 01/07/2015

Segundo grandes pensadores, como John Locke e Aristóteles, o homem possui “direitos naturais” sendo eles a vida, a liberdade e a propriedade. Contudo, deve-se compreender que estes são restritos a cada indivíduo, ou seja, o ser humano não possui sobre a vida de outro homem ou de qualquer outro animal. A partir de tais conhecimentos, é necessário refletir os prós e contras do uso de animais em testes científicos, pensando sempre em alternativas que sejam eficazes para a ciência e livres de abusos aos direitos. Primeiramente deve-se analisar o lado positivo dos testes em animais, como sua eficácia a maior parte das vezes; a proteção de pessoas, para que não sejam expostas a perigos; a independência de tecnologias estrangeiras durante os estudos realizados em países emergentes. No entanto, diante de tais argumentos, é possível utilizar o método do filósofo Descartes, no qual qualquer afirmação que possa gerar dúvidas deve ser eliminada. Logo, se a eficácia do uso de bichos não é certa, assim como os testes não tornam países como o Brasil completamente independentes da tecnologia estrangeira, tais argumentos tornam-se inválidos. Restando, assim, apenas o incontestável argumento de que em tais pesquisas o homem é poupado da dor e de perigos. Por outro lado, deve-se, também, analisar argumentos contrários às pesquisas realizadas com animais. O método cartesiano anteriormente citado descarta quaisquer argumentos subjetivos, desta forma “fofura” e “beleza” não são considerados. Contudo, pode-se questionar a ética dos testes, pois, ainda que existam leis em defesa das cobaias, os mesmos perdem o direito natural à liberdade, uma vez que seu papel não é voluntário. Outro argumento que vai além, é que a aceitação do sofrimento e da exposição de bichos à dor e possíveis riscos, afirma que a vida humana possui maior valor se comparada àquelas em jogo, durante os testes. Desta forma, conclui-se que o estudo de medidas alternativas é necessário, uma vez que vidas, humanas ou não, possuem valor incalculável. Logo, é da responsabilidade do governo, da indústria farmacêutica e de cada indivíduo, lutar pela liberdade dos animais e incentivar, através de palestras, ONGs e vídeos transmitidos por meios de comunicação em massa, a importância de pessoas voluntárias para testes e a defesa dos direitos naturais de cada criatura existente.