Título da redação:

Fim de métodos arcaicos

Tema de redação: Testes em animais: até que ponto o avanço da ciência interfere no direito à vida dos animais?

Redação enviada em 08/09/2015

O teste feito com os animais, sem dúvidas, contribuiu para grandes conquistas na medicina nas últimas décadas. Mas os sofrimentos, que esses animais são submetidos, é a principal razão para opiniões divergentes entre cientistas. De um lado, há os que dizem que não há condições de haver descobertas, importantes para a medicina, sem este tipo de prática. Do outro, existe grupos que dizem que os testes em animais impedem que a ciência evolua, mantendo-a em um ciclo arcaico de práticas sem razão. Alguns médicos, afirmam que, muitos remédios que temos hoje, foram testados em animais e falharam, mas mesmo assim, empresas decidiram comercializar e o remédio foi um sucesso. Comprovando que, nem sempre é eficaz os resultados obtidos em teste nos animais. Podemos citar, como efeito disso, o medicamento chamado Talidomida, usado para enjoos matinais, que não trouxe nenhum efeito quando testado em camundongos, mas fez com que, em humanos, mais de 10 mil crianças nascessem com malformação fetal. Em razão da interferência da ciência na vida desses animais, muitas vezes sem razão, métodos alternativos já estão sendo utilizados em diversos centros de estudos científicos, senão para acabar com a utilização de animais vivos para, pelo menos, diminuir o sofrimento que estes são submetidos. Mesmo assim, há uma forte resistência por parte de algumas empresas ou por falta de recursos e investimentos tecnológicos, como é o caso de algumas instituições brasileiras, ou porque o uso em pesquisas em animais é lucrativo. Na China, por exemplo, todos os produtos sendo fármacos ou cosméticos, devem ter sidos testados em animais e para não perder mercado consumidor, as empresas continuam utilizando esses testes. Para que haja uma evolução na ciência e, consequentemente, o fim do sofrimento animal é indispensável a incorporação de métodos alternativos por parte dessas empresas e em estudos acadêmicos, se faz necessário o apoio e o investimento do Estado em novas tecnologias. E, enquanto continuar os testes em animais, o Estado deve assegurar uma forte fiscalização, com auxilio veterinário em todas essas empresas, para garantir a ética e o respeito aos animais e, assim, o mínimo de sofrimento possível à vida.