Título da redação:

Ética e ciência: uma bela combinação

Tema de redação: Testes em animais: até que ponto o avanço da ciência interfere no direito à vida dos animais?

Redação enviada em 07/07/2015

O cientista britânico Colin Blakemore começou sua carreira fazendo algo que para muitos parecia uma inadmissível crueldade: ele costurava os olhos de gatinhos recém-nascidos. Nessas condições, uma parte específica do cérebro deles era privada: o córtex. Sua pesquisa foi fundamental para entender a forma mais comum de cegueira infantil. Não obstante, é notória a necessidade de relação pacífica entre direitos animais e avanços promissores da medicina. Primeiramente, é inegável que haja métodos alternativos, mas eles ainda não suprem a necessidade do uso de cobaias nas pesquisas. Nesse sentido, a utilização de animais em pesquisas que podem vir a curar doenças é um processo natural. Porém, causar sofrimento nos animais por motivos meramente lúdicos, deixa de ser natural e torna-se um absurdo. Além disso, algumas pesquisas, ao longo da história, resultaram em sucesso, como a vacina contra o pólio que teve ajuda de macacos. E outras, em tragédias, como o caso da talidomida, onde mais de dez mil crianças nasceram com deformações congênitas nos membros após suas mães utilizarem, durante a gestação, tranquilizantes com esse composto. Independente da quantidade de testes conduzida previamente em animais, somente humanos podem exibir efeitos desejáveis ou colaterais na espécie para qualquer substância testada. Com isso, ficou claro a irresponsabilidade por parte dos cientistas e também dos comitês de ética, pois os seres humanos, inconscientemente, foram as primeiras cobaias. Fica claro, portanto, que o uso de animais como cobaias para algumas pesquisas é indispensável, enquanto para outras só é possível se ter fiel resultado nos seres humanos. Por isso, é necessário que as ONGs tornem a fiscalização dos testes mais rígida por meio de testes assistidos, para que os animais recebam devida atenção e cuidado. A utilização de testes diretamente em humanos deve ser promovida, por parte do governo, através da implantação de uma nova lei, para que casos de tragédias possam ser evitados, pois estes, são de fato protegidos pelos comitês de ética, podem aceitar participar ou não e podem desistir de sua participação a qualquer momento.