Título da redação:

Do navio negreiro ao laboratório

Tema de redação: Testes em animais: até que ponto o avanço da ciência interfere no direito à vida dos animais?

Redação enviada em 13/07/2015

Das tradicionais touradas espanholas e o uso da vivissecção à sua sacralização em alguns lugares do globo. É neste contexto contraditório em que animais sofrem física e psiquicamente uma carnificina científica, de índole darwinista em prol da raça humana. Estes experimentos julgam serem avanços tecnocientíficos para a sociedade em geral. Entretanto, nem sempre todas as vertentes do social saem beneficiadas. Tais experimentos, por exemplo, provocam lesões corporais e transtornos psicológicos nos animais que os sofrem, sendo verdadeiros métodos de tortura. Além disso, estes testes exploram daqueles que não desfrutam da mesma racionalidade humana, não podendo optar ou não por tal procedimento, levando-os, então, ao seu esgotamento e a condições escravagistas — porém, sem navio negreiro. Estudos relatam que há outros métodos para que as pesquisas se realizem, assim como alegam o real sofrimento animal, defendendo-os. Organizações como, por exemplo, o Instituto Nina Rosa, resguardam o direito a vida animal, entrando em debates sociais, políticos e, até mesmo, econômicos. Não é negável, portanto, que o sofrimento animal seja real e egoísta quando proporcionado pelo homem. Ativistas — como o grupo Vegan — procuram conscientizar a população através de intervenções periódicas em locais públicos. Ademais, documentários que tratam do assunto — por exemplo, "Terráqueos" — seguem a mesma linha de raciocínio: impactar através de imagens e dados estatísticos o que está nas entrelinhas. Por fim, é tarefa do indivíduo considerar a sua natural empatia pelo outro, independente de ser humano ou não, porque, contestando Maquiavel, os fins nunca justificaram os meios.