Título da redação:

Direitos ignorados, animais descartados

Tema de redação: Testes em animais: até que ponto o avanço da ciência interfere no direito à vida dos animais?

Redação enviada em 16/10/2015

O uso de animais para pesquisas científicas não é recente. Na Grécia Antiga, o filósofo Aristóteles já os utilizavam vivos. Em relação a essa técnica, é possível considerar tanto aspectos positivos quanto negativos. Se, por um lado, ela ampliou as formas de tratamentos medicinais para os seres humanos, por outro, levou a sociedade a questionar a imoralidade disso, quando são observados os atos de exploração e desrespeito. Primeiramente, é importante destacar o quão dependente é a comunidade científica ao uso de cobaias. No que diz respeito à saúde humana, animais, como camundongos, gatos e chimpanzés são testados na tentativa de desenvolver medicamentos para o tratamento de doenças, como para o mal de Parkinson e diabetes. Assim, como o filósofo australiano, Peter Singer, afirma, é justificável realizar esses procedimentos se não houver outra maneira de chegar ao conhecimento científico que leva a salvar vidas humanas. Todavia, seu uso não se resume a isso. Por outro lado, é preciso lembrar que muitas vezes esses animais são explorados e chegam até a morrer, em alguns casos, devido aos produtos injetados em seus corpos. Nesse sentido, submetê-los à testes para a produção de cosméticos, por exemplo, é uma forma de desrespeito, visto que não é algo necessário, quando se tem em vista os riscos que eles são submetidos. Infelizmente, as empresas visam o lucro em vez do respeito, sem se importar com tamanha judiação. Porém, medidas já estão sendo aplicadas, como é o caso do governo de São Paulo e de vários países, que proibiram o uso de animais para tais fins. Seria interessante também que os outros estados brasileiros, assim como outras nações tomassem isso como exemplo. Fica claro, portanto, que o uso de cobaias deve ser evitado o máximo possível e, caso seja feito, é preciso buscar técnicas para minimizar o sofrimento dos animais, além de métodos alternativos. Para tanto, é relevante que haja maior fiscalização por parte do Conselho Nacional de Experimentação Animal. Dessa forma, existido qualquer abuso, o Estado deve punir os envolvidos. Ademais, cabe aos ativistas e à mídia criar propagandas de conscientização, que alertem os indivíduos sobre os perigos que esses bichos indefesos podem ser vítimas. Por fim, as empresas tem a missão de criar meios, a longo prazo, a fim de substituir os animais por materiais humanos, como pele para testes de cosméticos. Só assim, a ética profissional é estabelecida e os direitos dos animais são finalmente respeitados.