O avanço científico acompanhado da evolução tecnológica propiciou ao ser humano incontáveis melhorias em sua qualidade e expectativa de vida. Entretanto, esse grande progresso foi possível devido à utilização de animais em testes e pesquisas, fato este que tem gerado diversas discussões a nível mundial. Desde os primórdios da ciência, animais já eram submetidos à experiências, auxiliando os profissionais a concluir avaliações obtendo resultados advindos de estudos realizados com material "in vivo". Hoje, é possível analisar criteriosamente múltiplas doenças e desenvolver novos tratamentos devido ao uso de animais. No Brasil, é permitida a vivissecção desde que não ocorram maus tratos e a submissão dos bichos à dor e ao sofrimento sem o propósito do desenvolvimento científico, de acordo com a Lei Arouca. É imprescindível que métodos alternativos sejam desenvolvidos para substituir, refinar e reduzir a necessidade de experiências com animais, como é o caso dos testes "in vitro" e do uso de células tronco embrionárias. Porém, é essencial o entendimento do quão fundamental são os resultados das pesquisas com utilização daqueles, que vão desde o avanço no tratamento de doenças como o câncer e a composição de vacinas, até progressos cirúrgicos, testes com elementos radioativos e aditivos alimentares. É possível concluir que, embora novas tecnologias sejam criadas para evitar que testes sejam realizados em animais vivos, é indubitável a indispensabilidade do uso destes em centros de pesquisa para avaliar a segurança e eficácia de determinado produto ou substância.