A partir da Revolução Técnico-Científica houve a necessidade de aperfeiçoar os conhecimentos a respeito da fisiologia humana e do metabolismo sob efeito de drogas, com o objetivo de proporcionar bem-estar e o aumento da expectativa de vida. Entretanto, para fundamentar tais processos é utilizado animais como objeto de estudo. Porém, é antiético se beneficiar desse método em nome da ciência, sendo que diversos laboratórios não priorizam o bem-estar desses. Além disso, há diversas alternativas que podem substitui-los e amenizar seus sofrimentos. A manipulação de animais proporciona diversos benefícios para a humanidade, porque permite analisar as possibilidades do uso de determinados medicamentos. Por exemplo, o tratamento do câncer por irradiação e a reprodução da insulina, quando as técnicas da biotecnologia eram primitivas. Atualmente, após o sequenciamento do genoma, há também desenvolvimento da terapia gênica para permitir o tratamento de doenças genéticas, como a fibrose cística e o alcoolismo. Por outro lado, é importante salientar a existência de alguns laboratórios imprudentes que não respeitam os limites dos procedimentos e submetem esses animais às situações de estresse, medo, ansiedade, depressão, perca de algumas funções e até a morte. Como, a vivissecção, que é o ato de dissecar um animal vivo. Apesar desse procedimento ser desumano e cruel, ele é legitimado no Brasil, por meio da Lei nº 6638. Ainda convém lembrar, que com o capitalismo exacerbado é fundamental a obtenção de resultados consistentes e rápidos, para diminuir a concorrência e adquirir mercado consumidor. Desse modo, é perceptível a ganância referente ao dinheiro e a falta de humanidade, respeito e ético frente à vida. Com o propósito de amenizar tal problemática, é necessário que o Concea (Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal) seja mais eficiente, por meio de leis e intensa fiscalização, para garantir o direito à vida, segurança e bem-estar. Além disso, é fundamental que o governo anule a lei nº 6638, porque esta apenas propicia o maltrato e interfere na qualidade vital dos animais e também promover investimentos em pesquisas e tecnologia, com o objetivo de desenvolver e aperfeiçoar técnicas in vitro, a fim de substituir o uso de animais e assim amenizar possíveis perturbações.