Na obra literária Vidas Secas de Graciliano Ramos, a cachorra Baleia é considerada parte da família de Fabiano, Sinhá Vitória e seus filhos. Paralelamente á literatura modernista, nota-se na sociedade atual uma situação peculiar que aborda o direto a vida dos animais e o uso destes em experimentos científicos para o avanço da ciência. De um lado, os defensores do uso de animais em testes de laboratório sustentam ser esta a única forma de obter o devido avanço cientifico. Dessa forma, somente com a utilização de cobaias seria possível a descoberta de novas técnicas medicinais e novos fármacos. Prova cabal disso é o soro antiofídico, o qual é composto de anticorpos produzidos no organismo de outro animal, na maioria das vezes o cavalo, estimulado pela presença do antígeno do reptil especifico. Este soro é a forma mais eficiente de cura em situações de picada de cobras venenosas. Do outro lado, está a parcela contrária á essa prática, alegando a defesa do direito a vida dos animais. De acordo com essa corrente de pensamento, além de existirem outras maneiras que culminariam com o avanço da ciência moderna que não necessitariam do uso de animais vivos para experimento, na maioria das vezes, os animais são explorados e colocados em situações degradantes para satisfazer a indústria de cosméticos e da beleza. É a partir desses fatores conjugados que alguns conflitos que emergem dessa situação. Um exemplo disso, foi o episódio ocorrido no laboratório de pesquisas Instituto Royal, em que vários ativistas invadiram o local e resgataram vários cães da raça beagle que eram utilizados para testes científicos. Nesse sentido, vê-se a repercussão nacional dessa questão. Diante dos fatos mencionados, fica patente que nem sempre os animais são vistos da mesma perspectiva que Baleia era vista por Fabiano e sua família. Deste modo, em decorrência dos prós e contras que surgem dessa questão, seria necessário a tomada de medidas que amenizaria esse conflito, como o incentivo a pesquisas que desenvolvessem outras técnicas de experimentos que não lesassem diretamente o direito á vida dos animais, como, por exemplo, o desenvolvimento de tecidos sintéticos que poderiam ser usados para alguns testes que amenizariam o sofrimento desses seres.