Título da redação:

Avanço científico e animais

Tema de redação: Testes em animais: até que ponto o avanço da ciência interfere no direito à vida dos animais?

Redação enviada em 22/06/2015

Em pleno século XXI, a ciência avançou e introduziu no mercado medicamentos, cosméticos e procedimentos médicos que elevaram a expectativa de vida dos seres humanos. Em contrapartida, para que esse fenômeno ocorresse, muitos animais sofreram, pois foram submetidos a testes degradantes e fatais, uma vez que para se ter o resultado final, é necessário a análise dos órgãos dos cobaias. Dessa forma, os métodos utilizados nas pesquisas científicas devem ser revistos. Thomas Hobbes, em seu livro ‘O Leviatã’, disse que o homem preserva sua própria natureza, ou seja, sua vida, através da liberdade que tem de usar o poder. Da mesma forma, o ser humano usa esse poder para ser dominador e utilizar os animais, principalmente, a favor da própria vida. Assim, a vida de macacos, cachorros, camundongos quando selecionados para pesquisas, inicia-se e termina dentro de um laboratório. Além disso, os experimentos feitos, em grande parte, não utilizam anestésicos utilizam altas doses do que se pretende pesquisar, o que resulta em sofrimento dos animais. Em outras palavras, muitos resultados obtidos em cobaias não corresponderam à realidade humana e, quando foram para o mercado, causaram danos à saúde da população. A Talidomida, por exemplo, que foi um medicamento utilizado para conter enjoo de grávidas causou abortos e má formação em fetos, porém em ratos não apresentou problemas. Todavia, pesquisas com seres humanos são realizadas com consentimento voluntário do participante, são feitas sem sofrimento e com mínimo de risco à vida. Após a Segunda Guerra Mundial, surgiu o Código de Nuremberg, que passou a reger os princípios éticos sobre as pesquisas com as pessoas, devido as experimentos brutais realizados na época. Por tudo isso, pesquisas científicas com animais interferem na vida deles, mas os estudos são essenciais, pois, até mesmo, a fauna e a flora se beneficiam dos resultados. Assim, o governo federal deve fiscalizar os centros de pesquisas continuamente, a cerca de evitar experiências torturantes para os animais. Do mesmo modo, a comunidade científica deve buscar por métodos alternativos para testes, através da parceria com a iniciativa privada,para que as pesquisas com animais sejam substituídas por práticas menos invasivas e eficientes nos resultados.