A utilização de outros seres vivos em pesquisas científicas é um método antigo. No final da década de 50 cientistas afirmavam que essas técnicas seriam substituídas no futuro, entretanto, mesmo com todas as inovações tecnológicas do mundo globalizado, as velhas maneiras permanecem. Na busca de obter novos produtos para fins humanos - e lucro -, o homem explora seres indefesos. Animais são aprisionados em jaulas que apresentam higiene precária, sofrem maus tratos, são maus alimentados e utilizados como meros objetos nos testes das novas fórmulas, principalmente, do mundo estético e nem sempre geram resultados construtivos. Ou seja, o indivíduo que visa o lucro, muitas vezes, ultrapassa limites e interfere no direito à vida dos animais. Logo, mesmo com todas as metodologias e inovações existentes na ciência, percebemos que muitos visam utiliza-las apenas como últimas opções. Sabemos da eficiência de métodos que excluem seres vivos dos testes laboratoriais, como as técnicas in vitro e simulações computacionais, que são tão eficientes quanto as práticas antigas, mas ainda recebem certa rejeição - pelo custo mais elevado - das empresas. Diante disso, visando o bem estar e direitos a qualquer animal, como primeiro passo é necessária a interferência do Governo através de normas e leis que estabeleçam um prazo para as indústrias produtoras destes medicamentos realizarem a substituição dos antigos métodos por técnicas já conhecidas – in vitro e computacionais – e impulsionar o desenvolvimento tecnológico desse setor.