Título da redação:

A sociedade não é justa com os animais

Tema de redação: Testes em animais: até que ponto o avanço da ciência interfere no direito à vida dos animais?

Redação enviada em 12/11/2015

A Lei 11.794 de 2008 é a regulamentação mais recente no Brasil a tratar sobre a vivissecção. Já em seu primeiro artigo fica clara a seguinte ideia: é permitida "a criação e a utilização de animais em atividades de ensino e pesquisa científica, em todo o território nacional". Apesar de testes serem permitidos e as experiências acontecerem, defensores dos direitos dos animais se mobilizam na tentativa de mudar essa realidade iniciada em meados do século XX. Um dos argumentos mais usados está apoiado no avanço tecnológico que a sociedade vivência, uma oportunidade para que alguns dos testes que hoje são realizados em roedores, cães e primatas terminem e sejam transferidos para computadores, peles artificiais, cadáveres ou mesmo para seres humanos. Assim, gradativamente, a vida de um grande número de animais seria poupada. No entanto, essa é uma mudança difícil, visto que, para substituir o uso dos animais por completo será necessário um investimento alto em computadores ultramodernos e outros materiais caros. Além disso, segundo profissionais da área, alguns procedimentos não devem ser testados em seres humanos, pois têm efeitos completamente desconhecidos. Por esses motivos a substituição acontecerá de forma lenta e ninguém pode garantir que será integral. Por isso, o investimento em máquinas e programas que possam substituir as experiências em animais sempre que for possível é tão importante. Materiais que imitam o corpo humano ou, ainda, o uso de cadáveres, além de voluntários conscientes sobre os riscos e procedimentos são outras opções viáveis e que, muitas vezes, são tão eficientes quanto usar animais não humanos. De fato, a mudança não é um processo fácil, todavia, com vontade e paciência é um caminho viável e bem menos degradante.