"O trabalho dignifica o homem". Nessa perspectiva, Beijamin Francklin – jornalista – tinha razão já que trabalhamos não só pela manutenção financeira e sim pela dignificação da vida. Frente a isso, é fulcral questionarmos sobre a terceirização como solução para a crise ou sucateamento dos direitos trabalhistas. Mais: quais as problemáticas desencadeadas e as possíveis soluções para minimizá-las? Sob esse viés, a Terceirização poderia ser comparada com o sistema criado por Henry Ford que ficou conhecido como o Fordismo, o qual se baseava em um modelo de produção em massa visando a diminuição de custos para as empresas, desse modo, o Fordismo e a Terceirização acabam sendo semelhantes já que ambos possuem os mesmos objetivos. Em face disso, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) determinou em pesquisas que 67,7% das empresas industriais utilizam serviços terceirizados e 84% das companhias que terceirizam pretendem ampliar a utilização de recursos nos próximos anos, ou seja, tal aumento possibilitaria a solução para a crise bem como o sucateamento dos direitos trabalhistas. Frente a isso, a terceirização acaba sendo uma solução para a crise econômica, mas também afeta os direitos trabalhista já que deixa de ocorrer a manutenção salarial, o treinamento de funcionários e os auxílios financeiros. Tal fato, acaba desencadeando problemáticas que afetam aos trabalhadores pois o número de vagas de emprego diminuem – já que os terceirizados trabalham cerca de três horas a mais que os contratados diretamente, gerando assim menos vagas conforme o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). Outra problemática é o aumento do risco de acidentes visto que a segurança é prejudicada em pequenas companhias pois não tem as mesmas condições tecnológicas e econômicas, recebendo menos cobrança em manter um padrão de excelência. Por conseguinte, para minimizar as mazelas geradas o governo federal deve fiscalizar o treinamento dos funcionários bem como a segurança para que possam tornar – se trabalhadores com mão de obra eficiente. Consequentemente, a carga horaria deve ser mantida semelhante aos contratado diretamente ou deve ocorrer horas de descanso como maior tempo. Desse modo, antes da contratação dos terceirizados as empresas devem se certificar da regularização, ou seja, acompanhando sempre a segurança bem como a eficiência do trabalho.