O projeto de lei da terceirização, que já foi aprovado no Congresso Nacional em menos de 48 horas, permite às empresas tercerizarem quaisquer ramos de suas atividades, ou seja, elas podem contratar trabalhadores por intermédio de uma terceira empresa, que retira parte do lucro para ela e dá a outra parte para o trabalhador. O resultado disso é uma grave diminuição salarial, instablidade, pois o tempo de emprego vai ser menor, e jornadas de trabalho maiores. Esse projeto já havia sido mencionado em 1998 pelo governo do FHC, mas foi recusado por ser considerado uma completa afronta aos direitos dos trabalhadores, e agora, pelo atual governo Termer, ele foi aprovado. Os únicos beneficiados com esse projeto são as empresas, que vão passar a gastar menos, e as empresas que prestam o serviço de terceirização, que ficam com o lucro do trabalhador sem fazerem nada. Na prática, isso simboliza um verdadeira precarização e sucateamento da mao-de-obra, pois o proletário além de passar a receber um salário menor, já que parte vai para a empresa de terceirização, pode ser demitido e subistituido facilmente a qualquer hora, gerando uma forte instabilidade no tempo de emprego, o que vai sujeitá-lo a condições de trabalho extremamente inferiores. Justamente por atacar diretamente os direitos dos trabalhadores, esse projeto foi aprovado em tão pouco tempo e “às escondidas” para não dar tempo da população se mobilizar, e isso não pode ficar assim. Com o apoio da mídia, é necessário que se inicie uma campanha de concientização da população, para que as pessoas saibam das consequências dessa nova lei. Assim, elas irão as ruas para lutar pelos seus direitos e organizarão manifestos para que o Governo anule essa lei e retorne à antiga.