Charles Chaplin, em " Tempos Modernos", crítica a mudança no modo de produção, em que operários trabalham em condições desfavoráveis a fim de gerar lucros para o empregador. Ademais, essa situação pode se repetir com o trabalhador brasileiro, pois, acaba de ser aprovada a nova lei da terceirização, ampliando esse modelo de trabalho para atividades fins. Desse modo, a mão-de-obra no Brasil corre risco de ser desvalorizada. Inicialmente, é válido ressaltar que trabalhadores terceirizados tem seus direitos prejudicados. Segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), os terceirizados recebem quase 25% a menos e trabalham quase 3 horas semanais que os demais , desempenhando a mesma função. Logo, com o aumento da carga horária e diminuição do salário a isonomia entre os trabalhadores no Brasil fica prejudicada. Essa situação não condiz com a Constituição Federal que garante que todos os cidadãos brasileiros tenham igualdade perante as leis, afetando os direitos de grande parte da mão-de-obra. Em segundo lugar, o governo argumenta que essa lei pode solucionar a crise diminuindo o desemprego, o que não condiz com a realidade. Ademais, essa mudança pode ocasionar demissões em massa, semelhante ao que ocorreu no Grupo Marista, onde mais de 300 funcionários foram demitidos para serem substituídos por terceirizados. Esses que produzem mais e ganham menos, ao serem contratados garantem mais lucro a empresa. Logo, esse modelo em escala nacional pode aumentar o número de desempregados e piorar a crise econômica brasileira. É evidente, portanto, que essa questão precisa ser solucionada a fim de beneficiar os cidadãos brasileiros. Logo, o Ministério Público do Trabalho, em parceria com juristas e magistrados, deve implementar novas regras a Consolidação das Leis do Trabalho em vista da terceirização, a fim de garantir a isonomia dos trabalhadores. Assim, para resolver o impasse à longo prazo, deve garantir salários iguais e cargas horárias semelhantes para mesmas funções, seja o trabalhador terceirizado ou não. Dessa forma, o Brasil iria ser bem visto aos olhares de Charles Chaplin, por ter condições favoráveis para o trabalhador.