Após a primeira guerra mundial, a Alemanha investiu em demasiadas obras públicas a fim de incrementar o mercado e gerar mais empregos. Uma postura semelhante, intitulada de keynesianismo, pôde ser percebida pelos Estados Unidos no início da década de 30 do século XX, aprimorando a economia americana pós crise de 29. No Brasil, a lei que amplia a terceirização visa os mesmos objetivos das medidas adotadas pela Alemanha e Estados Unidos: ajudar a população a superar uma crise econômica. O emprego terceirizado resgatará o trabalhador que está na informalidade e que não tem acesso aos benefícios da CLT, visto que, segundo dados do IBGE, menos da metade dos trabalhadores brasileiros estão de carteira assinada. O empregado terceirizado, além de gozar de certa estabilidade, será amparado pelos direitos trabalhistas, que ficarão sob responsabilidade da empresa que terceirizará seus serviços. Além disso, foi adicionada a lei uma emenda nomeada de Responsabilidade Solidária que também torna a empresa contratante responsável pelos direitos trabalhistas e previdenciários do empregado, caso a empresa que ofereça o serviço falhe em tal função. Ademais, a terceirização poderá favorecer um mercado mais barato e competitivo. A empresa contratante, após dispensar os serviços do trabalhador terceirizado, não terá que arcar com os altos custos e multas trabalhistas. Desse modo, será possível que haja uma queda no preço do produto vendido, no intuito de se destacar em relação a concorrência. Mais empregos regulamentados e produtos mais baratos podem fazer parte do novo panorama encarado pelos brasileiros nos próximos anos. Portanto, a terceirização é mais que necessária, a fim de reerguer o Brasil e seu mercado interno, em passos semelhantes aos adotados pelo governo alemão e pelo keynesianismo americano. Porém, o governo brasileiro deve ampliar o acesso às informações dos direitos garantidos por lei aos trabalhadores terceirizados, como através de infográficos disponibilizados em sites e redes sociais governamentais ou até mesmo palestras ministradas nas escolas públicas aos pais dos alunos e trabalhadores da região. Desse modo, o mercado brasileiro sofrerá uma significativa melhora e o trabalhador estará mais consciente de seus direitos.