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Redação sem título.

Tema de redação: Terceirização da mão-de- obra: solução para a crise ou sucateamento dos direitos trabalhistas?

Redação enviada em 30/03/2017

Em um mundo neoliberal pautado no dinamismo das relações de trabalho, em que novas áreas surgem e outras tornam-se obsoletas, têm-se a terceirização da mão-de-obra como uma válvula de escape para a crise trabalhista. No entanto, ao adotar tal mecanismo como solução para a esfera trabalhista, tornar-se-á relevante garantir certos direitos aos terceirizados. O modelo econômico neoliberal é marcado pela fluidez dos postos de trabalho, na qual novas atividades emergem e outras são soterradas constantemente. Nesse contexto, existe um prazo de validade para diversas empresas ou para determinados segmentos desses estabelecimentos, implicando uma relação contratual mais supérflua com seus funcionários. É como a contratação de uma construtora para a síntese de um edifício, em que o contrato encerra-se quando a obra estiver concluída. Nessa perspectiva, a terceirização dialoga perfeitamente com a lógica neoliberal, pois facilita a contratação de serviços durante o tempo que seja necessário. Contudo, a admissão da atividade terceirizada exige, sobretudo do Estado, a criação de leis que amparem essas pessoas no quesito desemprego e remuneração justa. Nesse ótica, leis que garantam o seguro desemprego em decorrência da instabilidade dos acordos terceirizados e que promovam a remuneração igualitária entre os contratantes tradicionais e os não tradicionais é fundamental, já que os tradicionais pagam melhor. Subentende-se, portanto, que a terceirização da mão-de-obra é uma solução para a crise a medida que atende as necessidades do mercado atual. Nota-se que é inevitável o desaparecimento de certos postos de trabalho e, consequentemente, as demissões. Entretanto, sempre há o surgimento de novas áreas, logo, o indivíduo que busca qualificar-se para atender a demanda do mercado, dificilmente se encontrará desempregado. Outra perspectiva é pautada na redução da jornada de trabalho, que segundo o sociólogo Domenico De Masi é a melhor saída contra o desemprego porque é capaz de dobrar a oferta de empregos.