O debate sobre a terceirização da mão de obra é fundamental, pois se a terceirização for sancionada poderá provocar o sucateamento dos direitos trabalhistas. Assim sendo, afetará milhões de trabalhadores que formam o maior sindicato do país. A terceirização ocorre quando uma empresa contrata outra para desempenhar algum serviço como, por exemplo, os guardas bancários que são contratados por empresas especializadas em segurança e os bancos contratam essa empresa para desempenhar a segurança do local. Além disso, hoje o predomínio é do capitalismo que busca flexibilizar as relações de trabalho. No Brasil, por exemplo, busca-se a diminuição da burocracia, que é um dos fatores pelos quais os grandes empresários não investem no país. Entretanto, esta pauta que foi aprovada pela Câmara dos Deputados regulamentando a terceirização, afetará milhões de trabalhadores se sancionada pelo Presidente da República. Visto que, conforme uma pesquisa realizada pela Central Única dos Trabalhadores – CUT- com a terceirização os trabalhadores teriam sua jornada de trabalho aumentada, entretanto, seus salários seriam menores e teriam uma menor estabilidade no emprego, comparados a empregados não terceirizados e que desempenham a mesma função. Todavia, isso já é praticado no Brasil, porém, de forma ilegal e segundo dados de uma pesquisa da Universidade de Campinas –UNICAMP- a maioria dos trabalhadores constatados em serviços análogos ao escravo são terceirizados. Dessa forma, portanto, é necessário debater sobre o tema antes do mesmo entrar em vigor. Diante disso, as Centrais Sindicais juntamente com a Justiça do Trabalho devem administrar os interesses dos trabalhadores, não deixando prevalecer uma relação, que será sempre desigual, entre patrão e empregado. Dessa forma, os direitos trabalhistas serão assegurados.